Ter o próprio negócio é o segundo maior sonho dos brasileiros hoje, ficando atrás apenas da vontade de viajar por todo o Brasil. O dado foi revelado em uma pesquisa realizada pelo Sebrae, em parceria com a Global Entrepreneurship Monitor (GEM) e o portal Poder 360. O levantamento também revela que o aumento do desemprego se tornou um dos maiores motivos para empreender, com a chegada da pandemia, além de novos modelos de logística para vendas
Apesar do sonho de empreender muitas vezes esbarrar em obstáculos como a ausência de capital de giro, falta de conhecimento em tecnologia ou mesmo a necessidade de espaço físico para armazenamento de mercadorias, exemplos inovadores de negócio como o dropshipping têm oferecido oportunidades para quem precisava de ferramentas e estratégias para criar a própria empresa. A categoria de vendas que tem ganho cada vez mais espaço no e-commerce brasileiro consiste em um modelo de gestão de negócios para venda sem a necessidade de estoque. Por meio do dropshipping, o vendedor funciona como um intermediário, repassando o produto diretamente ao cliente com grandes marketplaces como Shopee e Mercado Livre, após recebê-lo de um fornecedor ou de outra loja.
Para “dropshippers” de primeira viagem, no entanto, alguns cuidados são essenciais para não perder dinheiro. O empresário influencer especializado em e-commerce, Cássio Canali, recomenda modelos de logística que garantam entrega rápida e segura. Com pouco mais de 320mil seguidores no YouTube, ele foca em modelos de negócio para o e-commerce, ensinando novatos a entrar para o setor de vendas online, mesmo sem estoque. Canali conta que, quando começou no mundo do dropshipping, teve problemas com fornecedores internacionais: “Havia atraso, altas taxas alfandegárias e custos mais altos com trocas e devoluções”.
Ele recomenda o modelo Nacional de vendas sem estoque, em que os produtos são adquiridos de fornecedores com endereço no Brasil. “É o único modelo possível da atualidade para vender em sites populares como o Mercado Livre, Amazon, Shopee, dentre outros, porque não interfere na experiência de compra do consumidor final no quesito tempo de entrega, já que os produtos estão em território brasileiro e com entrega pelos Correios e transportadoras nacionais. Neste caso, o endereço do remetente precisa ser o próprio endereço do fornecedor”, explica o consultor.
Outro fator que pode contribuir para o sucesso das vendas é uma boa estratégia de precificação. De acordo com Canali, ao abrir uma conta nova em sites de venda populares, os anúncios só melhoram o posicionamento no ranking das buscas após as lojas receberem as primeiras vendas. Ele destaca que uma boa dica para acelerar essa primeira etapa é vender com preço baixo e ir aumentando gradativamente conforme os produtos vão fazendo o posicionamento subir.
Para quem ainda está se familiarizando com o modelo de vendas online, a plataforma de e-commerce também deve ser escolhida com cuidado. Entre as indicações de Cássio Canali estão a gigante de market place latino-americana, Mercado Livre e a Shopee Brasil. “Recomendo porque já possuem audiência com milhares de compradores e permitem começar a vender como Pessoa Física”, frisa o empresário.