A evolução na forma de comercializar produtos deve se concentrar cada vez mais nas plataformas digitais segundo o especialista em marketing e mídias
Durante a pandemia e os meses mais rígidos de isolamento social, o posicionamento nas redes sociais se tornou essencial para que ainda mais empresas não fossem à falência. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), levantados na segunda quinzena de julho de 2020, 64,4% das mais de 2,8 milhões de empresas ouvidas foram impactadas negativamente pela pandemia.
Deste número, quase 33,5% adaptaram os serviços para a internet por meio de delivery ou e-commerce — modalidade de negócio que faturou R$33 bilhões apenas no segundo trimestre de 2020, um aumento de 104,2% em relação à 2019, sem contar que os e-commerces ganharam 5,7 milhões de novos consumidores em 2020.
Rodrigo de Vasconcellos Magalhães Cabral é empresário do ramo de marketing digital e comenta que a pandemia apenas acelerou uma tendência que já vinha se concretizando nos últimos anos. “Aspectos como alcance das mídias sociais, potencial de influência de compra por parte dos criadores de conteúdo e facilidade de consumo já estavam sendo explorados por grandes marcas. A questão é que a pandemia demonstrou, principalmente para os pequenos e médios empresários, a diferença que um posicionamento em redes faz na captação e conversão de internautas em compradores”, argumenta o especialista.
Para o empresário, a pandemia apenas reforça que a empresa na qual não se aplica o marketing digital está fadada a tornar-se obsoleta. “O cliente está olhando o tempo todo para o celular, então é para lá que as empresas devem direcionar sua comunicação. Na hora de comprar, a memória daquele cliente irá se voltar para a marca que está diariamente mostrando seu conteúdo e qualidade por meio do posicionamento midiático”, aponta.
O que antes era um diferencial de mercado, atualmente é estratégia fundamental para construir uma marca sólida e com grande potencial de venda. Mesmo após o fim da crise sanitária e financeira, a tendência é que esse comportamento continue.
“Quem já tinha uma abordagem consolidada saiu na frente e estão apenas fortalecendo sua marca e sua autoridade, afinal quem chega primeiro bebe água limpa, e eles chegaram. Para os que têm a estratégia certa de marketing digital, é só subida”, garante o especialista.
Por onde começar a se posicionar?
O especialista em marketing e mídias alerta, porém, que estar presente nas redes de forma a converter internautas em clientes não se trata apenas de ter um perfil, é preciso trabalhar com planejamento e metas.
“Considero que a empresa tem que considerar pontos: ter um perfil que retenha a atenção do público, criação de conteúdos virais, comunicação com o público, uma boa oferta e principalmente um bom produto para ser oferecido”, analisa Rodrigo de Vasconcellos.